quinta-feira, outubro 27, 2005

Nós




Enquanto pessoas, pensamos essencialmente em nós proprios. Esta é a dureza da realidade do homem. Será que agimos bem em tal situação, será que deveríamos ter feito algo de outro modo, sempre com a consciência virada para a nossa pessoa. Admitindo este facto ou não, todos temos a sua perfeita noção.
Uma das preocupações mais comuns, é a de saber se estamos a corresponder às espectativas dos outros, tentando agir sempre de forma a transmitir uma boa imagem de nós proprios às pessoas em redor.
Das várias sensações que o homem pode experimentar, uma das que lhe confere maior satisfação é precisamente sentir-se apreciado e admirado pelos outros. O que acontece é que na maior parte das vezes, não pensamos que os outros também carecem de apreciação. Somos arrogantes ao ponto de querer ser apreciados, sem sequer nos dar-mos ao trabalho de dispendermos dois minutos da nossa atenção para pensar nas necessidades das outras pessoas. Quantas vezes já não ouvimos a regra de ouro "Não faças aos outros aquilo que não gostavas que te fizessem a ti". Pois bem, dita de outra forma parece-me bem mais interessante: "Faz aos outros aquilo que gostarias que te fizessem a ti". Esta expressão tem efeitos bem mais práticos no nosso dia-a-dia, e permite-nos agir no lugar de reagir. É muitas vezes na apreciação do outro que ganhamos a sua simpatia e a sua admiração por nós, e é este facto que nos permite "dar" para posteriormente podermos "receber" uma qualquer apreciação por parte dos outros. Tal como na natureza onde antes de colher temos de semear. Podemos assim desta forma ter não só a sensação de importância em relação à nossa pessoa, como permitimos que todos se sintam bem à nossa volta.
"Porque afinal nós...Somos apenas aquilo que fazemos e sentimos...nada mais. "


Sandro