segunda-feira, novembro 22, 2004

Citação

"O amigo de toda a gente só é amigo de si próprio"

Claude Aveline

sábado, novembro 20, 2004

Noite


Foto de NI FRANCISCO

Noite e Nostalgia...Não serão as palavras que melhor ficam uma ao lado da outra?
Dou por mim a olhar pela janela, á noite a gozar de uma nostalgia extrema, com uma enorme vontade de fazer não sei bem o quê. Apenas consigo consciencializar pensamentos vagos, mas de enorme sentimento. Viajar? Talvez... Mas não só. Saio então á rua, e dou por mim a pensar desta vez nos meus tempos do secundário. Vejo o pessoal a sair da escola, todos juntos com os livros na mão, e o mais importante de tudo...a rir! Nesse momento, tudo muda... A nostalgia cresce, o inconsciente torna se mais claro, e desta vez, tras consigo um novo sentimento.......a saudade. Saudade dos tempos de criança, saudade dos velhos amigos, saudades das escolas por onde passei... Enfim, Saudade! Os estudantes passam, e o sentimento arrasta-se com eles. A saudade dá lugar a um vazio. Contudo, a nostalgia mantém-se. Olho para o céu, com vontade de conhecer a noite noutros países. Gozar da minha nostalgia noutros lugares por este mundo fora. Viajar...agora sim...a vontade de conhecer outros locais que se não visitar nunca sequer imaginarei que existem. Não será o mais belo da vida ter o maior conhecimento possível do mundo onde deambulamos? Desta vez, o sentimento é dos que não se extingue...permanece comigo, para sempre. Nestas alturas, compreendo os que não trabalham... os que apenas querem viver! Viver os seus sonhos pessoais, e apenas isso...para quê mais? Basta sermos felizes...Sentirmo-nos bem a fazer o que queremos! È este lado "hippie" da minha mente, que me permite sonhar...e adormecer todos os dias com o sorriso de quem sabe o que quer da vida, e como obtê-lo. Noite... Não será antes magia?

Sandro

sexta-feira, novembro 12, 2004

Pensamento/Reflexão

A Imortalidade Pela Literatura, a Filosofia Como Meio de Aceder a Ela

Simone de Beauvoir: Com que contava para sobreviver - na medida em que pensava sobreviver: com a literatura ou com a filosofia? Como sentia a sua relação com a literatura e a filosofia? Prefere que as pessoas gostem da sua filosofia ou da sua literatura, ou quer que gostem das duas?
Jean-Paul Sartre: Claro que responderei: que gostem das duas. Mas há uma hierarquia, e a hierarquia é a filosofia em segundo e a literatura em primeiro. Desejo obter a imortalidade pela literatura, a filosofia é um meio de aceder a ela. Mas aos meus olhos ela não tem em si um valor absoluto, porque as circunstâncias mudarão e trarão mudanças filosóficas. Uma filosofia não é válida por enquanto, não é uma coisa que se escreve para os contemporâneos; ela especula sobre realidades intemporais; será forçosamente ultrapassada por outros porque fala da eternidade; fala de coisas que ultrapassam de longe o nosso ponto de vista individual de hoje; a literatura, pelo contrário, inventaria o mundo presente, o mundo que se descobre através das leituras, das conversas, das paixões, das viagens; a filosofia vai mais longe; ela considera que as paixões de hoje, por exemplo, são paixões novas que não existiam na Antiguidade; o amor...
Simone de Beauvoir: Quer dizer que para si a literatura tem um carácter mais absoluto, a filosofia depende muito mais do curso da história; está mais submetida a revisões?
Jean-Paul Sartre: Ela chama necessariamente revisões porque ultrapassa sempre o período actual
Simone de Beauvoir: De acordo; mas não há um absoluto no facto de ser Descartes ou de ser Kant mesmo se eles têm de ser ultrapassados de certa maneira? Eles são ultrapassados mas a partir do que me trouxeram; há uma referência a eles que é um absoluto.
Jean-Paul Sartre: Não o nego. Mas isso não existe em literatura. As pessoas que gostam de Rabelais de todo o coração, lêem-no como se ele tivesse escrito ontem.
Simone de Beauvoir: E de uma maneira absolutamente directa.
Jean-Paul Sartre: Cervantes, Shakespeare, lemo-los como se eles estivessem presentes; Romeu e Julieta ou Hamlet, são obras que parecem ter sido escritas ontem.
Simone de Beauvoir: Dá pois a primazia da sua obra à literatura? No entanto, no conjunto das suas leituras e da sua formação, a filosofia desempenhou um enorme papel.
Jean-Paul Sartre: Sim, porque a considerei como o melhor meio de escrever; era ela que me dava as dimensões necessárias para criar uma história.
Simone de Beauvoir: Não se pode ainda assim dizer que a filosofia era apenas um meio em si.
Jean-Paul Sartre: De início, foi.
Simone de Beauvoir: Ao princípio, sim; mas depois quando se vê o tempo que passou a escrever L'Être et le Néant, a escrever a Critique de la Raison Dialétique, não se pode dizer que isso era simplesmente o meio de fazer obras literárias; foi também porque, em si, isso o apaixonava.
Jean-Paul Sartre: Sim, interessava-me, é uma verdade. Queria dar a minha visão do mundo ao mesmo tempo que a fazia viver por personagens nas minhas obras literárias ou em ensaios. Descrevia essa visão aos meus contemporãneos.
Simone de Beauvoir: Em suma, se alguém lhe dissesse: «É um grande escritor, mas, como filósofo, não me convence», preferi-lo-ia a alguém que lhe dissesse: «A sua filosofia é formidável, mas como escritor pode mudar de ofício?».
Jean-Paul Sartre: Sim, prefiro a primeira hipótese.

Diálogos entre Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir in 'A Cerimónia do Adeus'
Referência: www.citador.pt

Porquê?

Porquê? Pergunta que fazemos tantas vezes a nós mesmos. Porque é que isto é assim, desta ou daquela forma, e nunca como nós queremos. Nunca está tudo bem. Quando nos vemos livres de um problema, um outro teima em surgir. Será a felicidade total algo inatingivel? Isto remete nos para outra questão. Mas porquê? Porque é que nunca estamos num patamar totalmente livre de problemas? Muitos acham que tal facto nos tornaria aborrecidos. E pergunto eu...Porquê? Se perguntarem a algum indíviduo quais os seus problemas e se este gostaria de se ver livre deles, provavelmente este nem pensaria duas vezes e diria que sim. Mas no entanto, quando confrontados com a questão acima citada, afirmam que se fossemos totalmente felizes, a vida seria monótona e supostamente aborrecida. Este facto leva me a concluir que Santo Agostinho tinha razão ao dizer "Converti-me para mim mesmo num grave problema". Generalizando, não foi só Santo Agostinho a converter se num problema para si próprio, já que todos nós temos tendência em fazê-lo. Criamos problemas a nós mesmos, como vimos bem exemplificado com o "problema" da felicidade. Porquê? Fica a questão... Será que é porque não queremos na realidade atingir essa dita felicidade? Não me parece de todo. Mas fica ao critério de cada um... Cabe a cada um de nós, como os unicos seres capazes de raciocinar e de pensar sobre a vida mesmo quando parece que estamos a descansar, reflectir sobre os nossos problemas e até sobre a nossa existência. São esses momentos que nos tornam tão peculiares. O facto de podermos melhorar os nossos desempenhos, e não apenas repeti-los como os outros animais fazem. Aproveitem este "dom" de que meticulosamente somos dotados. "O inferno são os outros" como disse um dia Jean-Paul Sartre. Porquê...? Está na mente de cada um...

Sandro

quarta-feira, novembro 10, 2004

UK


Não valerá mais do que mil palavras?

Foto de Carla Maio

Introdução

Um blog meramente pessoal, que provavelmente nem nunca será visitado. É um como um refugio. Uma escapatória pessoal. Desejo me a mim mesmo...Boa sorte! E alguma inspiração... Não forçada, mas sim normal...Espontânea. Quando tiver de fluir...pois que flua...Mas que seja espontânea e não deveras procurada.